Todos os olhos estavam sobre Messias. Ele era o centro absoluto das atenções naquela pequena sala de uma repartição pública. Muitos artistas, palestrantes e políticos certamente já desejaram ardemente obter aquele nível de concentração de sua platéia. Mas ele nunca quis isso. Messias nunca fez questão de explicar a ninguém os motivos que o levaram a ser quem era, a pensar como pensava, a sentir o que sentia.
Entretanto, não havia volta. Era preciso dar àquelas pessoas algo para saciar suas curiosidades. Ele respirou fundo e então começou a falar sem ser interrompido: